Filipe Souza - Estratégias Digitais - BLOG

TV não se resume apenas na Rede Globo

TV não se resume apenas na Rede Globo
TV não se resume apenas na Rede Globo

Com o início de mais uma temporada do Big Brother, pipocam no Facebook dois tipos de públicos: os que assistem ao programa e os que odeiam. Ambos trocam farpas e indiretas. As indiretas questionam na maior parte das vezes a capacidade intelectual dos que assistem o enlatado global.

Mas o problema não só o BB e sim as pessoas que só assistem Rede Globo e a consideram como única fonte de entretenimento televisivo. Presenciei recentemente um diálogo na minha casa pra lá de curioso.

Visita: – Você viu o cantor XYZ do The Voice? Você torceu por quem?
Minha esposa: – Não vi.
Visita:
Visita: Você viu o capítulo da semana passada da novela das 9?
Minha esposa: – Não vi.
Visita:
Visita: Você não vê TV? Pra que tem televisão em casa?

Esse diálogo me fez chegar ao título desse post. Será que a visita acredita que TV se resume apenas a Globo?
Fiquei com vontade de responder, mas me segurei. Aqui em casa vemos filmes nos canais de filmes, Discovery, History Channel, Seriados dos mais diversos na TV e pelo Netflix. E quando não tem nada que preste: lemos. A TV já ficou pelo menos uma semana desligada.

Mas se eu dissesse isso soaria arrogante. Já que para muitas pessoas experiências culturais são para prepotentes.
Gosto muito de um post onde a autora comenta exatamente tudo o que eu apenas citei por cima.
São três parágrafos do texto dela que resumem perfeitamente situações que enfrento em diversos convívios sociais:

“Essa censura intelectual me deixa irritada. Isso porque a mediocridade faz com que muitos torçam o nariz para tudo aquilo que não conhecem, mas que socialmente é considerado algo de um nível de cultura e poder aquisitivo superior. E assim você vira um arrogante. Te repudiam pelo simples fato de você mencionar algo que tem uma tarja invisível de “coisa de gente fresca”.

Não importa que ele pague R$ 30 mil em um carro zero, enquanto você dirige um carro de mais 15 anos e viaja durante um mês a cada dois anos para o exterior gastando R$ 5 mil (dinheiro que você, que não quer um carro zero, juntou com o seu trabalho enquanto ele pagava parcelas de mil reais ao mês). Não importa que você conheça uma palavra em outra língua que expressa muito melhor o que você quer falar. Você não pode mencioná-la de jeito nenhum! Mas ele escreve errado o português, troca “c” por “ç”, “s” por “z” e tudo bem.

Não pode falar que não gosta de novela ou de Big Brother, senão você é chato. Não pode fazer referência a livro nenhum, ou falar que foi em um concerto de música clássica, ou você é esnobe. Não ouso sequer mencionar meus amigos estrangeiros, correndo o risco de apedrejamento.”

Por: Carmen Guerreiro

Fonte: http://ansiamente.wordpress.com/2012/05/10/a-arrogancia-segundo-os-mediocres/

Todo o post é perfeito, mas esse trecho é fenomenal! E assim caminha a humanidade. Os medíocres ganhando cada vez mais espaço, já que com a baixa oferta de musica de qualidade, livros, programas de TV e exemplos sociais, o que sobra é ostentar marcas de roupas, carros novos, os quais se passa fome pra pagar as prestações. O IPVA nem se fala…

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