Filipe Souza - Estratégias Digitais - BLOG

Vinil é como cerveja, só traz boas recordações, já mp3….

Acredito que não há como deixar de gostar do som de um bom vinil. Não consigo simplesmente parar de ouvir discos. Vinil não é apenas nostálgico, talvez seja realmente uma arte. A arte de degustar um bom vinil.

Tenho 35 anos e fui a ultima geração que teve o privilégio de curtir música em vinil. Quando comecei a comprar discos, por volta do ano de 1993,  antes disso eu só tinha fitinhas K-7 gravadas.  Nesse período eu já conhecia algumas pessoas que iniciaram o processo de atualização, ou seja, se desfizeram de seus discos para comprar CD’s. Infelizmente também trilhei esse caminho. Cheguei a ter cerca de 500 discos, e hoje tenho pouco mais de 120.

Em meados da década de 90 comecei a trocar meus LP’s por CD’s.  Arrependo-me amargamente de ter feito isso.  E quando chegou a onda do MP3, não repeti os erros do passado.  Não pensei em nenhum momento em substituir minha coleção de CD’s por MP3.  Que sorte!

 

Música é algo fabuloso e vamos pensar friamente: – Quem tem boas histórias para contar com MP3?  Cada disco que tenho me traz uma recordação, seja ela da minha adolescência ou da transição para a fase adulta.

Lembro-me de cada história ou fato interessante e qual disco eu estava ouvindo. É possível colocar de outra forma: Cada disco que pego, me traz uma recordação ou aflora na memória um fato marcante.  Consigo lembrar das conversas com amigos nas tardes de sábado ou domingo.  Consigo lembrar para quem emprestei determinado disco e a reação da pessoa ao ouvir o material.

Certa vez eu tinha comprado uma versão japonesa do álbum High Live do Helloween, foi assim que o CD saiu.  Um amigo ficou maluco pelo disco, e eu não tinha achado isso tudo.  E como foi caro para caramba,  então negociamos o CD. Em troca do CD ele me deu mais de dez discos, consigo lembrar de alguns:

– Accept – Restless & Wild;

– Slayer – Decade of Aggression

– Kreator – Extreme Aggression

– Alguns Iron Maiden

Entre outros que não me recordo, isso tem mais de dez anos!

Agora pergunto: – Quais são as histórias que você conta baixando MP3? Nenhuma  né?  Todas elas começam com você na frente do computador e mais nada!  Não é a mesma coisa!  Baixar MP3 não tem o mesmo caminho trilhado como quem garimpa um LP.  Vai até a loja, escutou na casa de um amigo. Comprou o LP, atravessou a cidade até chegar em casa e botou a bolachona pra rolar.

Consigo lembrar perfeitamente dos primeiros discos que comprei.  Foram três: Angra – Angels Cry, Black Sabbath – Paranoid e Sabbath Bloody Sabbath.  Estava com meu pai em um loja na cidade de Volta Redonda, no interior do estado do Rio de Janeiro.  Só não lembro o motivo de estar na cidade,  mas enfim.  Fomos passear no shopping e me deparei com uma loja imensa de discos. E logo de cara vi essas três pérolas.  Na mesma hora dei uma implorada para o eu velho, que comprou.

Até hoje tenho meu primeiro toca-discos. Ganhei quando tinha 15 anos. Um Sony básicão, mas que funciona perfeitamente desde 1993.

Acho que dedicarei uma seção aqui do blog só para resenhar meus LP’s, ilustrarei com fotos e relatos interessante. Um resenha por semana está de bom tamanho.  Gostaria de escrever mais sobre vinil, mas a falta de tempo amarga a vontade.

Enquanto escrevia esse posto lembrei de várias histórias.

Bem, quem sabe mais para frente!

 

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